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Vendas de veículos têm resutlados "aceitáveis"
Março foi bom para o setor no mercado interno. No externo, retração prossegue
A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta que as vendas de carros, caminhões e ônibus no mercado interno chegarão a 2,710 milhões de unidades em 2009, o que representaria queda de 3,9% na comparação com 2008, quando 2,820 milhões de veículos foram comercializados. Jackson Schneider, presidente da Anfavea, considera a queda aceitável, diante do quadro de recessão mundial. Sua expectativa é de fechar o primeiro semestre com crescimento nas vendas, na comparação com igual período de 2008. Essa perspectiva está atrelada à prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que agora vale até junho. Depois do final do benefício, Schneider espera retração do consumo no segundo semestre, e queda de vendas em 2009.
A retomada da comercialização do setor no mercado interno foi confirmada em março, quando foram vendidos 271,4 mil veículos, o segundo melhor resultado mensal
Produção – A produção também deu um grande salto em março – 34,2% na comparação com fevereiro. Mas, diante de março de 2008 caiu 4%. No trimestre, a queda na produção foi ainda mais acentuada – 16,8%. A projeção anual da produção é de queda de 11,2%. Segundo Schneider, a retração, que não vem acompanhando a evolução da demanda interna, é resultado da redução acentuada das exportações.
No trimestre, as vendas externas caíram 52,9% ante igual período de 2008, saindo de 140.035 mil unidades no ano passado para 65.981 mil neste ano. Na comparação entre marços, a queda foi de 47,5%. A Anfavea projeta redução de 32% no volume de exportação em 2009. Diante do desempenho negativo do mercado externo, Schneider aposta suas fichas nas vendas internas. "As montadoras estão com capacidade ociosa, o dólar não favorece, a China e a Índia vão fazer forte concorrência. Isso faz o mercado externo ficar menor e a briga cada vez mais acirrada. Por isso, o mercado interno será fundamental."
O estoque de veículos nos pátios das montadoras, que em fevereiro era de sete dias, diminuiu para quatro dias em março. Nas concessionárias, a redução do estoque foi de 20 dias para 14. Segundo Schneider, os estoques estão sob controle. "A espera para receber algum modelo sempre vai existir. Isso acontece em qualquer lugar do mundo", diz.
O emprego também diminuiu. Em março, o número de postos de trabalho ficou com menos 2.246 vagas. Com a prorrogação da redução do IPI, a indústria fechou acordo com os sindicatos de não realizar mais cortes.
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