Notícias
Uso da internet no trabalho: a Justiça evoluiu, mas e as empresas?
"Até pouco tempo, a Justiça não estava habituada a refletir sobre o direito digital", afirmou a especialista em Direito Digital, Patrícia Peck. Entretanto, a lei teve de evoluir proporcionalmente às mudanças no perfil dos colaboradores.
Karin Sato
"Até pouco tempo, a Justiça não estava habituada a refletir sobre o direito digital", afirmou a especialista em Direito Digital, Patrícia Peck. Entretanto, a lei teve de evoluir proporcionalmente às mudanças no perfil dos colaboradores.
Segundo ela, existem três gerações nas empresas. A 1.0 é a das pessoas que não gostam de usar computador. Nem mesmo leem e-mails e não é de se duvidar que peçam a alguém para imprimir as mensagens, para que então possam ler.
A 2.0 é formada por profissionais que começaram a usar a tecnologia por causa do trabalho, mas, no fundo, não gostam de usar computador e só têm banda larga por causa dos filhos.
Já a 3.0 é composta por pessoas mais jovens, cujo primeiro contato com a internet e outras tecnologias tinha por objetivo o entretenimento. "Estamos falando dos profissionais sem noção, que no primeiro dia de trabalho mudam o papel de parede do computador".
Mudanças no direito digital
Observe algumas mudanças ocorridas no âmbito da Justiça com relação ao uso inadequado de ferramentas de trabalho por parte dos trabalhadores:
- Entre 2000 e 2003, as empresas passaram a demitir por justa causa funcionários que mantinham conteúdo pedófilo em computadores;
- Em 2007, as organizações passaram a monitorar o e-mail da empresa;
- Desde 2007, o uso do e-mail após o horário de expediente é utilizado como prova de que o funcionário cumpriu horas extras;
- Hoje, já é permitido demitir por justa causa funcionários que denegriram a imagem da empresa, ao enviar determinada mensagem de e-mail, ainda que não tenham tido a intenção.
RH também mudou
Ao longo desses anos, o departamento de Recursos Humanos também evoluiu, de acordo com Patrícia, para quem a educação é mais válida do que a punição. Mesmo porque é comum os casos de vazamento de informações críticas, que podem ou não denegrir a imagem da empresa, ocorrerem em nível executivo. "Nesses casos, o que a empresa vai fazer? Vai demitir o presidente?", questiona ela.
"O RH deve pensar o assunto diariamente e criar um comitê de governança, que avalie os riscos existentes. É importante disseminar uma cultura de responsabilidade, por meio de ações educativas. O funcionário não precisa ser mandado embora".
Ainda há muito a fazer
Ela enfatizou que um dos motivos pelos quais as empresas precisam tratar do assunto de forma contínua é a chegada no mercado de trabalho da geração que hoje está indo para a faculdade, formada por jovens que não conseguem viver "desconectados".
Ela finalizou lembrando que é preciso disseminar o uso responsável das ferramentas pelos trabalhadores, porque "a máquina não consegue dizer se foi por querer ou sem querer", no caso de vazamento de informações críticas acerca da organização.
Links Úteis
Indicadores de inflação
08/2024 | 09/2024 | 10/2024 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 0,12% | 1,03% | 1,54% |
IGP-M | 0,29% | 0,62% | 1,52% |
INCC-DI | 0,70% | 0,58% | 0,68% |
INPC (IBGE) | -0,14% | 0,48% | 0,61% |
IPC (FIPE) | 0,18% | 0,18% | 0,80% |
IPC (FGV) | -0,16% | 0,63% | 0,30% |
IPCA (IBGE) | -0,02% | 0,44% | 0,56% |
IPCA-E (IBGE) | 0,19% | 0,13% | 0,54% |
IVAR (FGV) | 1,93% | 0,33% | -0,89% |
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.7947 | 5.7965 |
Euro/Real Brasileiro | 6.1026 | 6.1106 |
Atualizado em: 15/11/2024 18:59 |