Notícias

Crédito às empresas ainda insuficiente

O juro para as PJs caiu de 28,5% ao ano (a.a.) para 27,5%, de maio a junho

Fonte: EstadãoTags: créditos

No mês de junho, o estoque das operações de crédito cresceu 1,3%, chegando a 43,70% do PIB, ante 43,11% em maio. Essa expansão, que teve forte participação do BNDES e dos bancos públicos em geral, foi favorecida pela redução dos juros e do spread e pelo aumento da demanda por pessoas físicas (PFs), especialmente no crédito imobiliário.

Pela evolução das concessões ao longo do mês, pode-se avaliar melhor a modificação que ocorreu em junho: para as pessoas jurídicas (PJs), aumentaram 10,6%, embora o semestre registre queda de 14,2%; para as pessoas físicas, o aumento foi de 6,1%, e de 12,3% no semestre. O juro para as PJs caiu de 28,5% ao ano (a.a.) para 27,5%, de maio a junho; e para as PFs, de 47,3% para 45,6%, no mesmo período. O spread - de 18,3 pontos porcentuais (p.p.) e de 35,7 p.p., respectivamente - acusou redução de 0,4 p.p. e de 1,7 p.p. A taxa média de juros é a menor desde dezembro de 1997.

Isso não significa juros satisfatórios, pois elevam-se a 40,5%, para desconto de duplicatas, e a 54,8%, para as promissórias. O crédito no cartão chega a 167% e o crédito pessoal, a 45,6%.

A queda da taxa Selic e a maior participação dos bancos públicos, que nos empréstimos ao setor privado passou de 33,7%, em junho de 2008, para 37,3%, um ano depois, contribuíram para a redução do juro. E, com a expansão do crédito imobiliário (3,5% em um só mês), o prazo médio dos empréstimos ficou em 484 dias corridos para as PFs.

As operações de crédito com recursos direcionados cresceram 2,4% em junho, com destaque para o BNDES, que aumentou suas operações em 2,7%. Esses recursos direcionados chegam a representar 13% do PIB, ante 10,4% em junho de 2008.

A expansão do crédito é acompanhada por um aumento da inadimplência, que chega a 5,7% das operações e que se deveu mais às PJs (de 3,2% para 3,4%, enquanto, no caso das PFs, ficou em 8,6%). Com o aumento do prazo dos créditos, e especialmente do crédito imobiliário, pode-se prever para daqui a alguns meses um forte aumento da inadimplência, que era de apenas 4% um ano atrás.

Seria certamente importante que se verificasse uma recuperação do crédito para as PJs que sofreram com a retração do crédito internacional e com a forte queda do acesso às operações bolsistas. No caso das PFs, convém ter muito cuidado com uma expansão do crédito que não está sendo acompanhada por um aumento da renda.

voltar

Links Úteis

Indicadores de inflação

08/2024 09/2024 10/2024
IGP-DI 0,12% 1,03% 1,54%
IGP-M 0,29% 0,62% 1,52%
INCC-DI 0,70% 0,58% 0,68%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48% 0,61%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63% 0,30%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44% 0,56%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33% -0,89%

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.7947 5.7965
Euro/Real Brasileiro 6.0976 6.1125
Atualizado em: 15/11/2024 12:56