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Pós crise: burocracia e capital de giro são entraves
Segundo pesquisa, 37% apontam morosidade como fator de atenção; 36% preveem o dinheiro de caixa como fator de risco
Depois de passar pela turbulência mundial em 2009, empresários brasileiros estão mais preocupados com a burocracia e diminuição de capital de giro, no que diz respeito ao gerenciamento das companhias. O estudo é da Grant Thornton International, representada no Brasil pela Terco Grant Thornton.
Segundo pesquisa, 37% apontam morosidade como fator de atenção; 36% preveem o dinheiro de caixa como fator de risco. Apenas 16%, ante 43% do ano anterior, temem uma eventual queda da demanda, por conta da crise.
Ao contrário do resultado brasileiro, no mundo a maior preocupação continua a ser a queda na demanda, embora o percentual tenha caído de 49% em 2009 para 39% este ano. A burocracia, com 32% das respostas, fica em segundo lugar.
“O Brasil foi pouco afetado pela crise e medidas do governo para aumentar o consumo interno tiveram um excelente resultado, por isso a queda na demanda deixou de ser o maior medo dos empresários”, acredita Mauro Terepins, presidente da Terco Grant Thornton.
Redução
Com relação à burocracia, os índices vêm baixando. Em 2008, 64% dos brasileiros citavam a burocracia como o maior empecilho ao crescimento. Em 2009, foram 33%. Agora, 30%. Os países campeões de burocracia foram a Grécia (57%) e Polônia (51%).
Entre os países da América Latina, o Brasil tem o menor índice para burocracia (37%), pois ela foi citada como impedimento para o crescimento por 42% dos empresários na Argentina, 41% no México e 39% no Chile. Na Argentina, 57% das empresas temem a falta de financiamento de longo prazo como a maior preocupação.
O estudo, chamado International Business Report (IBR), ouviu mais de 7.400 empresas privadas de capital fechado (PHBs, em inglês) de 36 economias no final do ano passado. No Brasil, foram ouvidas 150 empresas, sendo cem de São Paulo, 25 do Rio de Janeiro e 25 de Salvador.
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