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Para o Banco Central, Selic deve chegar aos 12,75%

A declaração foi realizada em entrevista ao programa Canal Livre, da Band.

Neste domingo (27), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou o objetivo de encerrar o ciclo de aperto monetário em maio, com a taxa Selic em 12,75% ao ano. A declaração foi realizada em entrevista ao programa Canal Livre, da Band.

Segundo o presidente do Banco Central, em algum momento, é “interessante parar e observar os efeitos” do ajuste da taxa básica de juros da economia. Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano.

Ao levar a Selic ao campo restritivo, Campos Neto alega que o Banco Central brasileiro saiu na frente. Ele considera que esse tem sido um dos aspectos que vem motivando o fluxo de entrada de valores no Brasil.

Na visão do executivo, o pico da inflação deve ocorrer em abril. Apesar disso, o presidente do BC ressalta que existe muita incerteza no panorama por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Banco Central pode realizar outros ajustes na Selic

Na hipótese de escalada da guerra na Ucrânia, o executivo deixou a porta aberta para a autoridade monetária reconsiderar a avaliação. Neste caso, os juros poderiam continuar em alta na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Apesar dessa possibilidade, ele ressalta que existe o entendimento “de que 12,75% seria uma taxa capaz de fazer o trabalho de levar a inflação para a meta no horizonte relevante”.

Conforme o presidente do BC, o mercado compreendeu que o aperto da taxa de juros tem capacidade de levar a inflação à meta no horizonte relevante. Segundo ele, “depois da última reunião do Copom, as taxas longas até caíram”.

Campos Neto ainda declara que, para ser sentido, o impacto da política monetária leva de 12 a 18 meses.

Presidente do Banco Central destaca a importância da energia

Em meio à crise atual, o executivo ressaltou a importância de entender o papel da energia. Ele lembrou que os economistas pensavam que, com a normalização das atividades depois da pandemia de coronavírus, os cidadãos voltariam a consumir menos bens e mais serviços. Contudo, isso não aconteceu.

Como demanda energia produzir bens, os valores seguiram pressionados. Campos Neto alega que isso ocorreu num cenário em que o mundo buscava uma migração para fontes de energia limpa. Isso fez com que a inflação da energia se tornasse mais persistente.

Além deste ponto, passou a existir o choque dos valores do petróleo. Este cenário acontece devido à guerra no leste da Europa.

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