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Quais os maiores desafios de carreira para os jovens hoje? Pesquisa revela dados
Estudo do Núcleo Brasileiro de Estágios lança luz sobre desejos, anseios e incertezas dos jovens brasileiros no pós-pandemia
Nestes últimos anos, em meio aos impactos da pandemia da Covid-19, pessoas em todo o mundo passaram a mudar a forma como encaram suas vidas – e, consequentemente, suas profissões e carreiras. Considerando também as tantas transformações que vêm afetando o mercado de trabalho, como os jovens se comportam diante desse cenário?
Para investigar o tema, o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) realizou uma pesquisa entre os dias 20 e 31 de março, consultando 25.349 jovens com idade entre 15 e 27 anos a partir da pergunta “qual o maior desafio na sua carreira?”. Confira abaixo alguns dos destaques entre as conclusões do levantamento, pontuados com dicas e observações da analista de treinamento e desenvolvimento do Nube, Renata Blumtritt:
A maioria tem medo de seguir o caminho errado
A maior parte dos jovens, 26,13%, querem a certeza de ter escolhido o caminho certo. “Todos temos um propósito de vida e ele está quase 100% conectado ao percurso laboral. Quando estamos inseridos na profissão por amor, mesmo existindo vários desafios e percalços durante a trajetória, encaramos como oportunidades de desenvolvimento, aprendizado e evolução. Ou seja, o autoconhecimento é a resposta! Quanto mais nos analisamos, nos permitimos e nos conhecemos, maior a facilidade de identificar nosso objetivo e nos alinharmos a ele”, defende Blumtritt.
Muitos querem se estabelecer como bons profissionais
Outra grande parcela, 21,66%, tem o desejo de se consolidar como um indivíduo respeitado em seu ramo de atuação. “Além da paixão pela profissão, ter empatia e respeito pelas pessoas, é necessário saber lidar com suas emoções, exalar espírito de equipe, proatividade, resiliência, coragem e muita alegria”, destaca a especialista. Afinal, apenas a parte técnica não basta para conquistar o reconhecimento de todo um segmento.
A ansiedade é um obstáculo para muitos
Essa é a realidade de 21,38% na hora de encarar um novo desafio. “Identificar esse sentimento é o primeiro passo, mas apenas isso não é suficiente. O melhor conselho é saber quem você é, conseguir lidar com suas emoções, sensações e reações diante das adversidades. Conhecer seus limites, vulnerabilidades e pontos fortes é fundamental. É importante também buscar auxílio profissional para ter um direcionamento e acompanhamento”, orienta a analista.
Outros possuem incertezas a respeito do mercado de trabalho
Para 18,91% dos entrevistados, esse aspecto é prejudicial e cria interrogações a respeito do futuro. No entanto, algumas atitudes podem ser tomadas para evitar essa situação. “O principal é ter consciência de sua capacidade e habilidades. Uma pessoa sem confiança não enxerga seu próprio potencial e pode ser vista por seus líderes como quem sabota a realidade e se coloca em posição inferior aos demais. Além da questão de acreditar e valorizar suas virtudes, competências e vivências, é necessário estar sempre antenado nas novidades e atualizações do setor de atuação. Estudar, ler, se aprimorar, tudo isso faz parte do dia a dia de um colaborador em busca de segurança e estabilidade”, complementa Blumtritt.
Futuro da profissão também aflige alguns
Por fim, 11,91% têm dúvidas sobre o futuro de sua profissão. Afinal, os anos recentes trouxeram muitas mudanças ao mundo corporativo. “A tecnologia veio para transformar e reinventar a forma de trabalho há um bom tempo e, durante o período de pandemia, pudemos sentir esse impacto de forma mais real. Vivemos em uma era na qual desde pedir comida, fazer compras e até uma consulta médica fazemos de forma digital, e precisamos nos adaptar a essa realidade. No âmbito laboral não é diferente. Atualizar-se, pesquisar sobre as tendências e buscar meios para se inserir nesse novo contexto fazem a diferença para as corporações”, finaliza a especialista.
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