IOF zero atrairá mais capital de curto prazo
DCI
A medida que zera a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no ingresso e saída de recursos do País irá beneficiar principalmente o capital de curto prazo. Outro efeito imediato será a queda na arrecadação que, considerando o fluxo de capitais, é de cerca de R$ 50 milhões por mês. A avaliação é do secretário extraordinário de reformas do Ministério da Fazenda, Bernard Appy.
Para Appy, não faz sentido restringir a entrada de capital estrangeiro no País neste momento. O secretário considerou ainda que impacto do imposto era mais sentido nos capitais de curto prazo e a medida irá aliviar essa pressão. A medida deve beneficiar principalmente os capitais de curto prazo, em que o impacto do imposto era mais sentido. "Temos de entender que não estamos numa situação de normalidade", destacou.
Para o especialista em Gestão de Risco da consultoria BDO Trevisan, Felipe Linhares, a medida deve ser entendida dentro do contexto das outras normativas editadas, visando a diminuir os efeitos da crise. "Todas as medidas estão interligadas para reduzir riscos sistêmicos e problemas de liquidez, e evitar o desabastecimento de capital." Para ele, não é possível ainda prever os efeitos práticos que a medida terá, mas o primeiro impacto será a redução do custo desses tipos de crédito. "Afeta de maneira positiva o crédito e beneficia as operações, dando mais condições para o mercado." "Além disso", continua, "também deve privilegiar novos investimentos no País".